Tribunal sul-coreano rejeita pedido de mandado de prisão para co-fundador da Ironmace, acusado de plagiar jogo da Nexon

Publicado em 02/08/2023 - 12h31 por Márlon Vieira

Em um mais um desenrolar da “novela” entre a Nexon e a Ironmace, desenvolvedora do controverso Dark and Darker, o tribunal sul-coreano negou o pedido de mandado de prisão para um dos líderes do estúdio responsável pelo jogo. Em 27 de julho, a imprensa coreana relatou que a polícia da província de Gyeonggi havia solicitado o mandado de prisão para Ju-Hyun Choi, co-fundador e líder da Ironmace. No entanto, os detalhes permaneceram ocultos porque a situação estava “sob investigação”. Posteriormente, o Tribunal Distrital de Seongnam, Ramo de Suwon, rejeitou o pedido, alegando que “há espaço para defesa em relação às acusações e não há risco de que o suspeito fuja”.

A disputa entre Nexon e a Ironmace, que se já estende há vários meses, começou quando Dark and Darker alcançou destaque da mídia internacional durante o Steam Next Fest em fevereiro, atraindo mais de 100 mil jogadores simultâneos e despontando como uma das surpresas do ano com seu enorme potencial de sucesso. Logo após atrair os holofotes com o título, o escritório da Ironmace em Seul e a residência de Choi foram alvos de uma busca e apreensão em março, atendendo a um pedido do Ministério Público do Distrito de Suwon. A razão por trás da busca e da disputa legal está relacionada ao emprego anterior de Choi na Nexon, onde trabalhou em um jogo não lançado chamado “Project P3”. A Nexon acusou Choi de roubar o código-fonte e outros arquivos essenciais desse projeto, que alegadamente foram utilizados para criar Dark and Darker. Essa acusação levou a Nexon a entrar com um processo contra a Ironmace em abril, buscando tanto indenizações financeiras quanto a suspensão do desenvolvimento de Dark and Darker.


Em março, a pedido da Nexon com base em uma ação de “violação de direitos autorais”, Dark and Darker foi removido do Steam e permanece indisponível na plataforma desde então. Apesar disso, a Ironmace continuou com o desenvolvimento do jogo, realizando playtests inclusive via torrent e atraindo mais de 450 mil jogadores em todo o mundo.  A desenvolvedora sempre negou as acusações, afirmando que “absolutamente nenhum ativo ou código roubado foi usado para fazer nosso jogo”. Segundo eles, o tótulo foi criado do zero e a maioria dos assets está sendo comprada diretamente do marketplace da Unreal Engine e eles ainda tiveram o cuidado de contratar uma firma terceirizada, com vistas a realizar uma auditoria nos materiais, a fim de garantir que nada foi plagiado.

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