SAG-AFTRA que convocou greve na indústria cinematográfica por causa de IA, agora também quer greve na indústria de videogames

O SAG-AFTRA, sindicato representante dos atores e profissionais de mídia, anunciou a convocação de uma greve na indústria de videogames, marcada para começar em 26 de julho. Esta ação segue uma greve anterior na indústria cinematográfica e surge após um ano e meio de negociações entre o sindicato e representantes de grandes empresas do setor. Vamos dar uma olhada no que o sindicato quer com esta grave?

O ponto central do impasse é a utilização de inteligência artificial para replicar vozes e imagens de artistas, uma questão que levanta preocupações sobre direitos autorais e proteção do trabalho artístico. O SAG-AFTRA busca garantias claras de que os artistas serão protegidos contra o uso não autorizado de suas vozes e imagens, algo que as empresas ainda não se comprometeram a fazer de forma explícita. Duncan Crabtree-Ireland, diretor executivo nacional e negociador-chefe do SAG-AFTRA, expressou decepção com a falta de acordo, apesar do progresso em quase todas as outras propostas, incluindo aumentos salariais. A situação atual destaca a complexidade das negociações em uma era onde a tecnologia avança rapidamente e levanta novas questões sobre os direitos dos artistas no ambiente digital.

Para se ter uma ideia, recentemente, a Activision Blizzard, uma das gigantes do setor, confirmou que está explorando o potencial da IA generativa para a criação de arte conceitual. Ferramentas como Midjourney e Stable Diffusion estão sendo testadas para agilizar o desenvolvimento de ideias iniciais e conceitos de design. A empresa esclareceu que o objetivo dessa iniciativa é utilizar a IA como um recurso para a fase de concepção, sem substituir a arte final dos jogos, que continuará a ser realizada por artistas humanos.