Relatório revela detalhes da briga entre Activision Blizzard e NetEase que tirou jogos da Blizzard do mercado chinês

No mês de janeiro, diversos players chineses foram até a web para lamentar o fato de que jogos badalados da Blizzard, como World of Warcraft, Hearthstone, Diablo 3 e Overwatch 2, deixaram de ficar disponíveis em seu país de origem. E isso aconteceu, por a Activision Blizzard e a NetEase não conseguiram chegar a um acordo, com vistas a viabilizar a publicação dos jogos em território chinês. Daí, nesta semana, um relatório liberado pelo New York Times tratou de apresentar mais detalhes sobre a “briga”… vamos checar as informações?

Conforme foi explicado na publicação liberada pelo New York Times, as tensões entre as duas empresas começaram quando a NetEase começou a fazer investimentos em desenvolvedoras como a Bungie. De modo geral, o CEO da Activision Blizzard, o senhor Bob Kotick, não gostou muito dessas ações e carregou toda essa insatisfação para as negociações que iriam definir o futuro dos games da Blizzard na China. Durante as conversas, a NetEase deixou claro que desejava assumir todo o controle sob a publicação, com vistas a poder lidar com as autoridades chinesas de uma forma mais eficiente.

No entanto, a Activision Blizzard exigiu um adiantamento de $500 milhões. Conversa vai, conversa vem… as coisas foram ficando cada vez mais tensas e a NetEase chegou a mencionar que poderia influenciar o governo chinês, no que diz respeito à aprovação da transação envolvendo a Microsoft. O comentário foi interpretado pelos representantes da empresa estadunidense como uma ameaça e aí a coisa toda deu errado. Em outras palavras, parece que os players chineses ficaram sem ter acesso aos seus games favoritos por conta de problemas de comunicação e mal-entendidos. Resta agora saber como essa história vai impactar as relações das duas empresas e os acordos que ainda estão em vigência.