Hoje, 12 de dezembro, acompanhei presencialmente o GLOBAL PLAYGROUND – GRAVITY VISIONARY 2026, coletiva de imprensa realizada no Bangkok Marriott Marquis Queen’s Park, na Tailândia, a convite da Gravity. O evento serviu como um “termômetro” para o Ragnarok Festa 2025, que acontece amanhã, dia 13, e deve receber mais de 13 mil visitantes e fãs da franquia. E, pelo que pude ver hoje, dá para esperar muita coisa boa vindo por aí.
Yoshinori Kitamura, Chairman e COO da Gravity, abriu o evento com uma fala que sintetiza bem a mentalidade da empresa. Ele ressaltou que o objetivo da publisher é “entregar sorrisos e memórias para pessoas do mundo todo”, reforçando a filosofia de que GRAVITY = RAGNAROK, tamanha a força do IP ao redor do planeta. Segundo Kitamura, a companhia conta hoje com mais de mil funcionários e 11 subsidiárias, operando em regiões estratégicas da Ásia às Américas. A meta, repetida diversas vezes ao longo da coletiva, é ousada: transformar a Gravity na maior empresa de entretenimento do mundo.
No palco, também chamou atenção o balanço dos 23 anos de existência de Ragnarok Online, que continua crescendo em escala global mesmo após duas décadas. Disponível em 122 países e acumulando mais de 200 milhões de downloads, o MMORPG registrou um crescimento impressionante de 396% nas vendas entre 2016 e 2025. A empresa destacou que esse resultado é reflexo de uma estratégia de IP focada em quatro pilares: fortalecimento da comunidade, expansão global com adaptações regionais, ampliação do alcance para novos formatos (incluindo animação, teatro e até golfe simulado) e lançamentos contínuos dentro do universo RO.
Kitamura também aproveitou a oportunidade para apresentar a Ragnarok Festa 2025, o megaevento que, como mencionei, acontece amanhã, dia 13. A celebração vai reunir 18 jogos e quatro competições de e-sports envolvendo diversos títulos da franquia, prometendo ser a maior festa da história de Ragnarok — algo que os executivos reforçaram diversas vezes, chamando-a de “um evento construído por todos”. Nós vamos trazer conteúdos quase em tempo real diretamente do local, incluindo gameplay da demo jogável do tão aguardado Ragnarok Online 3.
Os próximos passos do universo Ragnarok
A segunda metade da apresentação foi dedicada ao que muitos dos presentes — inclusive eu — aguardavam com grande expectativa: os quatro novos jogos previstos para 2026. Cada projeto foi apresentado por executivos diretamente envolvidos em seu desenvolvimento, oferecendo uma visão sólida de como a Gravity pretende alcançar públicos distintos sem abandonar a essência do seu principal IP. E a mensagem foi clara: há um Ragnarok para cada tipo de jogador — do mais hardcore ao mais casual. A empresa não esconde que quer se tornar a maior desenvolvedora de games do mundo, e, pelo que vimos hoje, está investindo pesado para chegar lá.
Ragnarok Abyss
O primeiro jogo a ser anunciado foi Ragnarok Abyss, título que muitos já conheciam, mas que finalmente recebeu uma apresentação mais completa. Eric Kim, VP da Taren Network, subiu ao palco para revelar novos detalhes e reforçar que o projeto promete ser um divisor de águas na franquia. Com o slogan “Light Up the New Gen”, o jogo aposta em um modelo de mundo aberto quase sem carregamentos, combinando ação intensa com exploração livre em uma estrutura cross-platform para PC e mobile. Kim também destacou o sistema climático dinâmico, que muda de acordo com períodos sazonais — incluindo chuva, neve e outras variações que afetam o ambiente. Além disso, PvP em tempo real, habilidades clássicas e as novas Abyss Skills foram mencionadas como pilares centrais da jogabilidade, indicando que o título pode realmente elevar o padrão dos jogos da série.
Ragnarok: Midgard Senki
Agora anunciado oficialmente pela primeira vez durante o evento, temos Ragnarok: Midgard Seki. Fengyin, COO da GameAle, subiu ao palco para apresentar o projeto, que reimagina o Ragnarok clássico em 2D com gráficos modernizados, novos sistemas e um foco total em uma jogabilidade livre de barreiras econômicas. A promessa de zero Pay-to-Win, ausência de cash shop e uma economia inteiramente controlada pelos jogadores chamou bastante a minha atenção — além, é claro, do visual extremamente fofo do jogo. O título contará com modos PvP e PvE competitivos, sistema de pets e evolução, cartas, funcionalidades de construção e coleta livre (gathering), dando a impressão de ser uma experiência bem completa. Previsto para chegar em 2026, o jogo ainda passará por melhorias finais antes do lançamento.
Ragnarok The New World
He Yang, SVP da 37Games, apresentou Ragnarok The New World, MMORPG de mundo aberto de km x 2km que elimina telas de carregamento e reduz drasticamente o grind tradicional. O jogo aposta em renderização 3D avançada, ciclos climáticos completos e um sistema de combate capaz de atingir ASPD 193, o que representa cerca de sete ataques por segundo. Entre os sistemas já confirmados estão o mercado totalmente livre, construção de casas e gerenciamento de fazenda, farm offline, a remoção do Combat Power (a tradicional medida numérica de força do personagem) e a chegada de uma nova classe: Gunslinger. As datas de lançamento foram definidas: Taiwan/HK/Macau recebem o jogo em 15 de janeiro de 2026, com testes no Sudeste Asiático previstos para o primeiro trimestre e lançamento global programado para o segundo trimestre de 2026.
Ragnarok Online 3
Encerrando as apresentações, Steven Shi, COO da JoyMaker, trouxe novas informações sobre Ragnarok Online 3, descrito internamente como o projeto mais ambicioso já desenvolvido pela empresa. O jogo mantém o estilo chibi em modelos 3D, incorpora física avançada e aposta em uma economia totalmente livre, resgatando elementos que marcaram a “era de ouro” dos MMOs.O sistema de temporadas foi criado para equilibrar veteranos e novatos, com ladders de PvP e dungeons PvE sazonais que renovam os desafios a cada ciclo. Já a guerra de territórios apresenta batalhas divididas em três fases, tendo como objetivo final a captura do cobiçado Material de Ouro Luxuoso. Shi também enfatizou que, nessas guerras, a intenção é garantir que todo jogador — até mesmo o mais solo player — tenha um papel relevante no campo de batalha. As mecânicas foram pensadas para distribuir funções e tornar cada participação significativa. (Vou explorar esses aspectos com mais detalhes em um post dedicado.)
Uma nova fase para a Gravity e para Ragnarok
Ao deixar o evento, a sensação era clara: a Gravity não está apenas buscando manter a relevância de Ragnarok, mas expandir o IP para um ecossistema ainda mais amplo, diverso e global — incluindo não só jogos, mas também novos produtos e iniciativas. Os quatro títulos apresentados têm propostas distintas, mas se complementam de forma estratégica para atrair tanto os fãs clássicos quanto uma nova geração de jogadores, algo reforçado diversas vezes durante a coletiva. A expansão internacional da empresa, impulsionada pelo crescimento do Ragnarok IP nos últimos anos, mostra que a marca ainda tem muito espaço para avançar. E 2026, ao que tudo indica, será um ano determinante nessa trajetória. Nos próximos dias, vou explorar cada um dos novos jogos em posts dedicados, então fique de olho. Também tive a oportunidade de fazer perguntas sobre Ragnarok Online 3 durante a sessão de Q&A, e trarei mais detalhes sobre isso em breve.
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