Blizzard processa servidor pirata e acusa operação de “negócio de pirataria organizado”

Publicado em 31/08/2025 - 02h01 por Márlon Vieira

A Blizzard entrou com um processo lá nos EUA contra os responsáveis pelo servidor privado Turtle WoW, acusando-os de violar os direitos autorais e marcas registradas de World of Warcraft, contornar proteções antipirataria e operar como um esquema de extorsão comercial. A ação foi registrada no dia 29 de agosto na Corte Distrital dos EUA da Califórnia (caso nº 2:25-cv-08194), sinalizando uma ofensiva legal direta contra um dos servidores alternativos mais populares da comunidade WoW.

O Turtle WoW ficou conhecido por oferecer uma experiência nostálgica com elementos inéditos adicionados à base do WoW de 2004, incluindo novas raças, zonas e músicas. No processo, a Blizzard afirma apoiar a criatividade dos players — desde que dentro dos canais oficiais — e acusa os servidores privados de “desvalorizar a experiência original”, prejudicando tanto a marca quanto os negócios da empresa. A publisher aponta ainda para o lançamento de Mysteries of Azeroth e os planos ambiciosos de Turtle WoW 2.0, versão criada na Unreal Engine 5, como tentativas diretas de competir com o WoW Classic, usando material não licenciado da Blizzard.

Segundo a denúncia, o servidor arrecada “receitas significativas” por meio de “doações” que oferecem recompensas cosméticas, como montarias e mascotes. O processo nomeia como principal operadora da plataforma a russa Yulia “Torta/Shenna” Savko, além de outros programadores europeus e um americano responsável por marketing. A Blizzard busca indenização financeira e uma liminar para encerrar a operação, embora reconheça que uma decisão judicial dos EUA pode não ser aplicada de forma eficaz fora do país.

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