Com mecânicas Play-to-Earn, Ni No Kuni: Cross World traz “solução ridícula” para invasão em massa de bots

Super aguardado por jogadores de todo o mundo por trazer um visual e trilha sonora com assinatura do estúdio Ghibli e Joe Hisaishi, respectivamente, Ni No Kuni: Cross Worlds chegou ao ocidente recentemente, despertando uma onda de críticas pelo jeito que a desenvolvedora resolveu lidar com as microtransações do game. Em suma, os jogadores têm à disposição um grande número de itens que precisam ser comprados com dinheiro real a fim de deixar seus personagens mais poderosos. 

Se o Pay-to-Win presente na loja do game já não fosse o suficiente para despertar a ira de muitos jogadores, Ni No Kuni: Cross Worlds, como prometido antes do lançamento, também recebeu mecânicas Play-to-Earn, permitindo aos jogadores ganhar dinheiro enquanto jogam. Isto é, com a implementação do blockchain ao título, os jogadores podem adquirir moeda virtual, trocá-la por criptomoedas e, finalmente, por dinheiro real. Um outro MMORPG que ficou muito popular por adotar esse formato foi MIR4. Contudo, o único problema é que essas produções são massivamente inundadas por bots. No caso de MIR4, o título já teve mais de 10 milhões de bots banidos. 

E foi justamente também esse problema que acabou chegando ao Ni No Kuni: Cross Worlds. Como era o esperado, o título também está recebendo uma enxurrada de bots configurados por players que querem tirar o máximo do sistema Play-to-Earn do jogo, ou seja, fazer o máximo de grana possível. Como resultado, filas enormes de jogadores para entrar nos servers acabaram sendo formadas. Entretanto, a “solução” escolhida pela Netmarble pode ser considerada um tanto quanto ridícula. Ao invés de banir os bots e criar alguma segurança, eles lançaram uma taxa a ser paga com dinheiro real (US$ 7) para os players não precisarem enfrentar as filas. É claro que a novidade não foi bem recebida pela comunidade, que tem ameaçado deixar o jogo em massa.