A Electronic Arts pode estar prestes a passar por uma das maiores transformações de sua história. De acordo com o The Wall Street Journal, a empresa está em negociações avançadas para ser comprada por investidores privados, incluindo o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita e a firma Silver Lake. O valor do possível acordo chega a impressionantes US$ 50 bilhões, o que poderia marcar a maior aquisição com alavancagem da história.
Embora ainda faltem detalhes concretos, a notícia já teve forte impacto: as ações da EA subiram 15% desde que o rumor foi divulgado. Vale lembrar que negociações desse porte — especialmente envolvendo capital saudita — já foram interrompidas no passado por motivos nunca revelados. Ainda assim, a possibilidade de a EA se tornar uma empresa privada reacende debates sobre os rumos estratégicos do estúdio, conhecido por franquias como FIFA e Battlefield. Em 2023, rumores apontavam para o interesse da Disney em adquirir a empresa, mas a ideia foi deixada de lado pelo CEO Bob Iger. Agora, com um novo grupo de investidores à mesa, o futuro da EA parece novamente incerto — e ao mesmo tempo cheio de possibilidades.
Caso a compra se concretize, a EA deixará de ser uma empresa de capital aberto, retirando suas ações da bolsa e passando a responder apenas aos novos investidores privados. Essa mudança pode trazer impactos significativos para o funcionamento interno da companhia, já que ela deixará de ter obrigações públicas com acionistas e órgãos reguladores. Na prática, isso significa que a empresa poderá tomar decisões mais ousadas e de longo prazo, sem a constante pressão de entregar resultados financeiros a cada trimestre. Além disso, é comum que investidores privados promovam reestruturações internas e foquem no aumento da eficiência operacional, visando valorizar o negócio antes de uma eventual revenda ou reabertura de capital.