Pesquisa alemã expõe alta incidência de assédio em jogos competitivos como Valorant e Overwatch

Uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Offenburg, na Alemanha, revelou dados preocupantes sobre o comportamento tóxico em partidas de Valorant e Overwatch. O estudo, intitulado “Sexual Harassment in Valorant and Overwatch Voice Chats”, mostrou que o assédio sexual continua sendo uma presença constante nas partidas ranqueadas dos dois jogos. Foram registrados 82 casos de assédio em 120 partidas, com comentários e insultos sexuais em 14,17% dos jogos analisados

A primeira parte da pesquisa acompanhou duas jogadoras em partidas competitivas, com uma atuando no elo Platina de Overwatch e outra no Silver 3 de Valorant. As conversas por voz foram gravadas e transcritas, revelando não apenas os episódios de assédio, mas também uma frequência alarmante de toxidade geral: 80,8% das partidas tiveram uso de palavrões, enquanto 25,8% incluíram abusos verbais genéricos. Na segunda etapa, outros quatro participantes foram monitorados ao longo de 30 partidas cada, reforçando a regularidade do comportamento ofensivo.

Tanto Valorant quanto Overwatch possuem comunidades grandes e cenas competitivas ativas, com esforços dos devs para promover diversidade e inclusão por meio de personagens variados e narrativas ricas. Mesmo assim, as publishers ainda não conseguiram implementar soluções eficazes para conter o assédio nos chats de voz. A pesquisa sugere que o problema é estrutural e pede estudos mais amplos, abrangendo outros títulos populares.

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